top of page
  • matheuslopescomerc

Escolas de Rio das Ostras trabalham empatia e autoestima com os alunos durante a pandemia


A ideia foi do aluno Guilherme Alfradique, que cursa o Pré II na Escola Municipal Henrique Sarzedas. E toda a comunidade escolar abraçou a sugestão! Ele, os colegas, professores e familiares estão confeccionando, em origami, 1000 tsurus - ave sagrada do Japão que é símbolo da saúde, boa sorte, felicidade, longevidade e fortuna - com o pedido de um mundo melhor, sem o coronavírus. Essa é uma das muitas ações que vêm sendo realizadas para promover a empatia e autoestima dos estudantes da Rede Municipal de Rio das Ostras durante o período de pandemia.

“Guilherme enviou um vídeo para a professora Danielle Cespe, que nos apresentou a sugestão. Imediatamente, abraçamos a ideia, junto com toda equipe. Batizamos a campanha de ‘1000 Tsurus por um mundo melhor sem coronavírus’. Esse é o desejo do Guilherme e de todos nós”, contou Rosimere Nogueira, diretora da Henrique Sarzedas, ressaltando ainda que essa é mais uma boa oportunidade para promover a interação de toda a comunidade escolar. Segundo a lenda japonesa, se um grupo de pessoas fizer 1000 tsurus de origami, com o pensamento voltado para um desejo, ele poderá se realizar.

Cumprindo todos os protocolos sanitários, quando os pais e responsáveis forem à escola pegar a apostila ou entregar a folha de respostas, levarão também os tsurus produzidos. Após cumprir a meta dos 1000 tsurus, a gestão da unidade planeja montar uma escultura, lembrando o monumento que existe em Hiroshima. “Pretendemos escolher um local estratégico na escola para colocá-la”, explicou Rosimere.

Apoiada na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que inclui as competências socioemocionais como aprendizagens essenciais nas salas de aulas, assim como o desenvolvimento cognitivo, a gestão da Escola Municipal Elson Pinheiro lançou uma proposta aos alunos. Em vídeo postado no Facebook da unidade, a diretora Fernanda de Cassia convidou os estudantes a escreverem uma mensagem de força, ânimo e de fé para a comunidade. “Quando vocês trouxerem as mensagens, vamos decorar o muro da escola que fica virado para a praça com esses cartazes”, disse a gestora.

Seguindo essa mesma motivação, desde o início do ensino remoto, em 2020, a Escola Estadual Municipalizada Fazenda da Praia executa o projeto “Venha conversar comigo”. A iniciativa consiste em encontros com a comunidade escolar e profissionais externos para trabalhar a autoestima dos estudantes. Segundo a diretora Aline Beraldi, o objetivo é fazer os alunos perceberem “que não podemos parar por conta das dificuldades oriundas da pandemia e que, apesar disso, podemos alcançar nossos objetivos”.

O secretário de Educação, Maurício Henriques, reforça que tão fundamental quanto o desenvolvimento cognitivo é alcançar também a plena competência emocional dos alunos. “É essencial que nossos estudantes sejam capazes de aprender habilidades socioemocionais e que saibam expressar suas emoções e sentimentos, construir novas relações e respeitar a diversidade que se apresenta”, afirmou.

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL – A partir de julho deste ano, a Subsecretaria Pedagógica planeja realizar encontros quinzenais de capacitação dos professores para uma ‘educação para além da mente’. Integrando o projeto Roda de Conversa, a iniciativa visa incentivar os educadores a trabalhar a temática de inteligência emocional em sala de aula. No último dia 18 de maio, aconteceu a palestra “Educação para além da mente: um processo de reconstrução interna”, com a professora, coordenadora da Rede Municipal e terapeuta integrativa Natália Coqueiro.

RODA DE CONVERSA – “Roda de conversa: um outro olhar é possível” é um projeto da Secretaria de Educação de Rio das Ostras que, mesmo antes da pandemia de Covid-19, já se dedicava a construir essa competência. Em 2019, o projeto atendeu mais de 7 mil alunos dos Anos Finais das escolas da Rede Municipal e, de acordo com a coordenadora da ação, Natália Coqueiro, a proposta desenvolve a cultura da paz a partir da roda de conversa, com metodologia de aprendizado coletivo. “As conversas são mediadas por um professor da própria turma, que se torna referência na escuta e na mediação das questões levantadas. Em cada encontro há uma temática para reflexão e discussão junto a professores e alunos”, explicou.


Comments


bottom of page