Empresas fornecedoras além apagão, quebra de canos e do sistema de captação
O desabastecimento foi explicado pelos representantes, mas a população foi penalizadas dias sem água.
Falta de energia para atender o sistema, quebra do sistema de captação, rompimento da canalização foram os principais motivos que fizeram Barra de São João ficar doze dias sem água potável. Essa foi a justificativa que os representantes da Águas do Rio e a Rio+ Saneamento deram à população e aos vereadores de Casimiro de Abreu durante a sessão. Para minimizar o problema a empresa abasteceu residências e prédios públicos locais com caminhões pipa. Os vereadores cobraram medidas mais eficazes para evitar desabastecimento.
Na reunião da Câmara estiveram Roberta Moraes, diretora de relações institucionais de Águas do Rio, em Barra de São João e Cristian Portugal, superintendente regional de operações da Rio+ Saneamento, responsável por oito município.
Em vários dias de outubro deste ano, a Rio+ teve problemas de captação de água bruta para tratar e fornecer e com isso, a concessionária teve que abastecer Barra com oito caminhões pipa, que trouxeram o líquido tratado da Rasa, em Búzios. Além da quebra do sistema de captação, houve rompimento da canalização de distribuição com a força da pressão da água, paralisando todo o serviço até o reparo dos canos associado a quebra da adutora de captação principal.
Devido a essa interrupção no abastecimento, a Águas do Rio priorizou o fornecimento em Barra de São João para escolas, creche, postos de saúde e depois a população com aumento da frota de caminhão pipa. A Águas do Rio compra água da Rio+ Saneamento para distribuir em Barra de São João, o que vem fazendo há três anos. A empresa está investindo em melhorias na distribuição de água no distrito até que possa ter capacidade de produção
O vereador presidente Vitor de Doca relatou que os parlamentares receberam dezenas de reclamação dos moradores, assim como pedidos de abastecimento não atendido. Sugeriu ele, que seja feito uma audiência pública com a participação da empresa, da Prefeitura e da Câmara com os moradores de Barra para que sejam esclarecidos os ocorridos e ouvir a comunidade sobre os problemas enfrentados com o desabastecimento constante.
Para o vereador Marcelo Mota o serviço da empresa estão insatisfatório. Indagou o número de atendimentos da comunidade com o fornecimento pelos caminhões pipa, mas Roberta Moraes não soube informar, mas se comprometeu a fazer o levantamento e posteriormente divulgar. Outro grave problema relatado por Marcelo Mota, algumas ruas do Vale do Sol, Peixe Dourado, Santa Irene, Jardim Miramar não possuem extensão de rede de abastecimento. E com isso, os moradores não podem fazer pedido de matrícula para obter um hidrômetro e consequentemente estão fora do cadastro, gerando impedimento de receber até mesmo o abastecimento via caminhão pipa, como aconteceu durante o período de desabastecimento por mais de quinze dias em outubro.
Projetos futuros
A empresa pretende construir uma estação de tratamento de água com captação no rio São João, averiguando também outros locais como Tamoios, Fazenda São João, entre outros, que se mostraram inviáveis assim como o rio devido ao alto índice de salinidade, impossibilitando seu tratamento para posterior consumo humano.
Cristian Portugal, superintendente regional de operações da Rio+ Saneamento detalhou que ao assumir instalou três geradores de 500 kva no sistema acabando com as interrupções por falta de energia, fizeram a retirada de lodo e areia dos locais de captação, lotando 500 caminhões; fez a ampliação de 230 litros para 600 litros por segundo com trocas de todo o sistema de Rio Dourados e de Rio das Ostras. Atualmente em Rio Dourados são captados 450 litros por segundo e está sendo feita a modernização do sistema de tratamento de água bruta do local para que consiga igualar o volume do líquido tratado e distribuído. A colocação de uma nova bomba no local deverá ocorrer no final de dezembro.
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