Com o lema: Criança é para brincar e estudar”, o Centro de Referência de Assistência Social – CRAS de Casimiro de Abreu lembrou, no dia 15 de junho quinta-feira, o dia Mundial do Enfrentamento ao Trabalho Infantil, com palestras, rodas de conversa e muita brincadeira com as famílias atendidas. A data é comemorada no mundo todo no dia 12 de junho.
Numa parceria com o Conselho Tutelar, CREAS e a equipe do programa Criança Feliz foi realizado um trabalho de mediação com os pais e responsáveis, com palestras e rodas de conversa no auditório do CRAS. Ao mesmo tempo, as crianças curtiram o espaço sóciopedagógico montado para elas, onde desenharam e brincaram, trabalhando limites e desenvolvendo a socialização e a convivência. Alguns dos brinquedos disponibilizados foram produzidos com materiais reciclados.
De acordo com a assessora de Gestão da Proteção Básica, Jussara Guimarães, as atividades são de caráter psicosóciopedagógico onde as crianças aprendem brincando e há uma troca com as famílias. “Não há como trabalhar só o lado social, nossas atividades são lúdicas cheias de brincadeiras, onde as crianças aprendem de fato, brincando, descobrindo o verdadeiro significado da infância”, disse.
Para a secretária de Assistência Social, Thaís Rodrigues, discutir a triste realidade do trabalho infantil no Brasil colabora para a sensibilização das famílias sobre o tema.
“Nosso objetivo é trazer reflexões e soluções assertivas para que essas práticas culturalmente enraizadas sejam extinguidas, e que essas crianças e adolescentes tenham uma infância e adolescência minimamente digna”, ressaltou.
SOBRE O TRABALHO INFANTIL NO BRASIL – O trabalho infantil caracteriza-se como uma das principais violações aos direitos das crianças e adolescentes. Uma pesquisa nacional de amostra por domicílio (PNAD 2016), do IBGE, apontou 1,768 milhões de crianças no trabalho infantil na faixa etária de 5 à 17 anos, referente a 4,6% desta população. Cerca de 65% deles, são meninos negros, que atuam em diversos ambientes. Já quando se trata do trabalho doméstico, a situação muda, sendo mais de 90% meninas adolescentes.
Existem 93 tipos de trabalhos tipificados no nosso decreto, na lista: Trabalho Infantil Perigoso (TIP). Dentre eles, a exploração sexual, uma das mais nocivas para segregar o indivíduo de uma vida física e mentalmente saudável. Existem crianças trabalhando em bares, restaurantes, motéis, carvoarias, agricultura, ruas, lixões, comércio ambulante, como flanelinhas, guias turísticos e no trabalho doméstico já citado anteriormente. Muitos desses trabalhos são culturalmente aceitos.
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