Depitado Fedral Gutemberg Reis (MDB)
O ex presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Gutemberg Reis e o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foram indicados junto com outras pessoas por fraude e inserção de dados falsos em cartões de vacinação de Covid-19. Pelo crime de organização criminosa, Bolsonaro poderia ser condenado a uma pena de três a oito anos de prisão, mais multa; o crime de inserção de dados falsos tem como pena máxima dois anos de detenção.
Em janeiro, a Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu que é falso o registro de imunização contra a doença que consta do cartão de vacinação de Bolsonaro. A investigação originou-se de um pedido à Lei de Acesso à Informação (LAI) formulado no fim de 2022. Pessoas próximas ao ex-presidente, como sua filha, Laura Bolsonaro, de 12 anos, também teriam recebido certificados de vacinação contra a covid sem tomar a vacina. Segundo a PF, em 21 de dezembro de 2022, o secretário de governo da prefeitura de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Souza Brecha, inseriu no sistema do SUS que o ex-presidente tinha tomado vacinas contra a covid, em 19 de julho de 2021 na Unidade Básica de Saúde (UBS) Parque Peruche, na zona norte de São Paulo. A CGU constatou que Bolsonaro não estava na capital paulista nessa data e que o lote de vacinação que consta no sistema da pasta não estava disponível naquela data na UBS onde teria ocorrido a imunização.
Além de Bolsonaro e o deputado federal foram indiciados Gabriela Santiago Cid, esposa da Mauro Cid; Marcelo Costa Câmara, Max Guilherme Machado de Moura, Sergio Rocha Cordeiro, todos assessores do ex-presidente; Luís Marcos dos Reis, sargento do Exército; Ailton Gonçalves Barros, ex-major do Exército; Farley Vinicius Alcântara, médico; João Carlos de Sousa Brecha, então secretário de Governo de Duque de Caxias; Cláudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, servidora da prefeitura de Duque de Caxias; Camila Paulino Alves Soares, enfermeira da prefeitura de Duque de Caxias; Célia Serrano da Silva, médica da prefeitura de Duque de Caxias; Eduardo Crespo Alves, militar; Paulo Sérgio da Costa Ferreira e Marcelo Fernandes Holanda.
O ex presidente Jair Bolsonaro negou à Polícia Federal ter orientado a falsificação de seu certificado de vacinação no Conetc SUS. O ex-presidente foi ouvido por cerca de três horas na tarde de terça-feira (16) sobre o seu possível envolvimento.
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